Ao custo de R$ 737,25, a cesta básica na capital apresentou uma diferença de apenas 0,91% no comparativo entre as segundas semanas de outubro de 2022 e de 2023, quando no mesmo período do ano passado custava R$ 730,57. Já o acréscimo sobre a primeira semana deste ano foi de 0,51%, registrando um acréscimo nominal de R$ 4,17, patamar próximo do averiguado na última semana de setembro. O levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) mostra que os alimentos que mais impactaram na variação semanal, foram a batata e o arroz, em crescimento de 17,78% e 3,31%, respectivamente. O feijão apresentou queda de 2,80%, o que vem sendo observado pela sexta semana consecutiva, chegando a custar R$ 7,12/kg, o menor desde o início do levantamento.
Já o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca a elevação no preço da batata, sendo o principal item a impactar no custo do mantimento em Cuiabá. “A retomada do crescimento da cesta está atrelada principalmente ao aumento deste item, que atingiu um custo médio de R$ 5,01/kg. No entanto, o valor atual está 16,20% menor que no comparativo com o mesmo período do ano passado”.
Essa elevação, segundo análise do IPF-MT, pode estar atrelada ao maior volume de chuvas registrados nas regiões produtoras, que impactam na oferta do tubérculo e nos preços observados nas gôndolas, interrompendo, assim, uma sequência de cinco quedas semanais consecutivas.
O levantamento traz, ainda, a queda no preço de cinco dos 13 alimentos que compõem a cesta, o que tem contribuído para deixar o valor do mantimento próximo do registrado no mesmo período do ano passado, tendo o leite como destaque, que está em sua nona queda consecutiva, chegando ao menor preço médio desde março deste ano, custando R$ 6,73/l. Já na comparação com a mesma semana do ano passado, o valor atual é 5,92% menor.
Outro alimento com destaque na análise histórica é o feijão, que está na sua sexta queda consecutiva, 11,70% menor do que na mesma semana do ano passado. A análise do IPF-MT mostra que essa diminuição nos preços pode estar atrelada à maior disponibilidade do grão, com estoques de duas safras sendo comercializados.
O arroz mostra crescimento de 3,31% esta semana, sendo um aumento relacionado ao mercado internacional de grãos, que vem favorecendo a sua exportação para países da América do Sul, como o Brasil, o que gera impactos nos preços praticados internamente. O valor médio de R$ 6,81/kg para o grão é o maior verificado desde março de 2022, no início o levantamento.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.
Assessoria/Caminho político
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