REFLORESTAMENTO: Mudas produzidas pela Empaer são plantadas em áreas atingidas por incêndios

Áreas atingidas por incêndios florestais nas proximidades do Rio Paraguai, em Cáceres (a 225 km de Cuiabá), em 2020, estão sendo recuperadas pelo Projeto Florestar, desenvolvido pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com a prefeitura do município e outras instituições e coordenado pelo Instituto Cometa. Na sexta-feira (20.01), foram plantadas mil mudas de espécies nativas como a laranjinha, ipê, jacarandá, aroeira e jenipapo, que foram produzidas no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia de Cáceres (CRPTT). A ação teve a participação de aproximadamente 90 voluntários.
O coordenador regional da Empaer, Jackson Ferreira da Silva, destaca que a parceria vem desde 2021 e conta com a participação de técnicos, biólogos, engenheiros florestais e comunidades locais e começa com a coleta e doação de sementes, além da produção das mudas e os cuidados. As mudas foram desenvolvidas com base em conhecimento técnico e cientifico e vamos aproveitar esse período de chuva que ajuda no desenvolvimento, afirma.
Segundo Jackson, a ação reforça a conscientização ambiental e mostra o quanto os incêndios de dois anos atrás deixaram impactos irreversíveis ao meio ambiente, mas que o reflorestamento dessas áreas pode amenizar e ajudar nesse processo. “Foi devastador ver toda essa área onde antes havia árvores frondosas sobrar apenas uma vegetação rasteira. Nosso trabalho é fazer a diferença e conscientizar da importância de se preservar”. Já o coordenador do Centro de Pesquisa, Elieber Francisco Moreira, pontua a importância do papel da Empaer no projeto a partir da produção das mudas desde o preparo do substrato, enchimento das sacolinhas, semeadura, além de buscar as sementes para serem transplantadas no canteiro. “A ação de sexta ensinamos crianças, adolescentes e adultos a técnica de plantio, a abertura das covas e até a forma corretar de retirar as mudas das sacolinhas. Com a produção dessas espécies nativas, as áreas afetadas pelo fogo nas proximidades do Rio Paraguai serão recuperadas com o plantio”, explica.
A gerente do Instituto Cometa, Leliane Barros da Silva, afirma que a entidade não tem fins lucrativos e desenvolve trabalhos nos eixos ambiental, social e educacional. Ela acrescenta que com a parceria com a Empaer e outras entidades foi possível dar vida ao Projeto Florestar. “Graças ao apoio de diversos parceiros conseguimos plantar as mudas que estavam no período adequado. Cada um tem uma parcela de contribuição e por ser um local mais afastado foi fundamental um barco, viabilizado pela Associação Ambientalista Turística e Empresarial de Cáceres (Asatec). A natureza agradece”.
O professor e coordenador do Projeto Florestar, Mahal Massavi Evangelista, frisa que essa região reflorestada foi muito afetada pelos incêndios de 2020 e as mudas plantadas vem para recuperar essas matas ciliares. “Estamos todos unidos para promover a recuperação dessas áreas afetadas, além de estimular ações de educação ambiental e ecológica”.
A intenção é garantir que o ambiente se recupere naturalmente e também fomentar junto à comunidade local a prática de educação e sensibilização ambiental. As mudas foram plantadas nas localidades da Comunidade Rocinha, entrada da Bahia do Quati, e nas proximidades da Comunidade Ximbuva, entre os municípios de Cáceres e Porto Estrela.
Da equipe da Empaer, participaram do plantio os técnicos Bruno Correa da Silva, Cleiciany Miranda de Araújo, Tarcísio Wunsch Júnior, Marcel do Nascimento Cuiabano e Janaína Segatto Melo Castro.
Também contribuem com a iniciativa a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Projeto Bichos do Pantanal, Marinha, Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Biólogos, Agrônomos, Produtores Rurais, Guarda Mirim, Colônia de Pescadores Z2 e Secretarias de Meio Ambiente, Turismo e Cultura e Educação, das prefeituras de Cáceres e Porto Estrela.
A próxima ação será no dia 8 de fevereiro, com o plantio de 700 mudas também de espécies nativas do cerrado, nas proximidades do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).
Assessoria/Caminho Político
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