Workshop Sindical reuniu representantes dos 37 sindicatos industriais do estado e debateu as estratégias para o futuro da indústria de Mato Grosso. Os desafios para desenvolver a indústria do futuro passa pelo envolvimento integrado de empresas, instituições e sociedade. O tema foi amplamente discutido durante o Workshop Sindical, realizado na quinta-feira (27.10), pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT), Serviço Social da Indústria (Sesi MT) e pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT). O evento reuniu representantes dos 37 sindicatos industriais dos setores de energia, construção, alimentação, base florestal, metalmecânica e outros. Foram oferecidas palestras que discutiram os desafios e metas da indústria de Mato Grosso para os próximos anos. Na programação do Workshop foi realizada uma mesa redonda em que os representantes apresentaram soluções práticas para desenvolvimento dos sindicatos.
O presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira, conduziu a palestra ‘Cenários, Tendências e Futuro da Indústria de Mato Grosso’ destacando os desafios para o crescimento do setor. Pesquisas mostram que até 2030 o mercado de trabalho demandará a contratação de cerca de 640 mil trabalhadores. Por outro lado, o mapa do trabalho elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) calcula oportunidade de qualificação para cerca de 180 mil trabalhadores no país.
Para ele, é preciso discutir questões sociais como a saúde e educação dos trabalhadores. “É necessário entender com profundidade a realidade dos municípios.
As oportunidades de mercado aparecem, mas as pessoas não têm escolaridade para acessa-las, por exemplo. As questões sociais são muito importantes e acabam afetando desenvolvimento industrial”, pontua.
A atuação integrada de sindicatos e do Sistema Fiemt contribui para o fortalecimento dos setores. “O trabalho em conjunto permite oferecer soluções para realidades distintas. Estávamos ficando muito distantes e promover a integração desses setores é essencial para saber das demandas”, pontua o presidente do Sindicato das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Sindalcool MT) e vice-presidente da Fiemt, Silvio Rangel. De acordo com ele, é preciso aumentar a produtividade e avançar na automação dos negócios, sem esquecer da sustentabilidade.
A palestra “Atual Cenário Associativo Empresarial: Desafios e Oportunidades”, ministrada pelo especialista em relações sindicais, Amir Ben Kauss, reforçou a necessidade de fortalecer os trabalhos dos sindicatos. “Nós passamos por um momento muito difícil, que foi a reforma trabalhista juntamente com a pandemia, mas todo esse momento veio também para fortalecer as entidades, para que se desenvolvam, se profissionalizem de forma sistêmica, focando no objetivo final que é atender a indústria”.
Para o empresário Fausto Massao, que representa o Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios de Mato Grosso (Sindirepa), umas das dificuldades é trazer o empresário para dentro dos sindicatos. “No nosso setor, temos mais de 3 mil oficinas atuantes no mercado e nem 10% está sindicalizada. Eventos como esse discutem estratégias para fazer com que os empresários participem dos sindicatos, fortalecendo toda a cadeia”.
Assessoria/Caminho Político
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