Com doenças respiratórias mais frequentes nesta época do ano, crianças precisam de mais cuidados. Crianças, principalmente as menores de dois anos, sofrem com as mudanças climáticas trazidas pelo outono. A médica pediatra e professora do Idomed Fapan, Sandra Coenga, afirma que, durante a estação, a bronquiolite é a grande preocupação, principalmente por poder evoluir para casos mais graves. “A bronquiolite, nas crianças, pode evoluir para quadros graves. Em crianças com menos de dois meses, a maioria dos casos exige internação, principalmente no caso das crianças prematuras, que acabam precisando de UTI Neonatal”, explica a médica.
Nas crianças menores de dois anos, em 68% dos casos, a doença é causada pelo vírus sincicial respiratório. As principais vítimas são crianças pneumopatas, que já têm uma alteração pulmonar, cardiopatas e prematuras em geral.
O SUS disponibiliza um anticorpo monoclonal para crianças menores de dois anos, crianças prematuras, crianças que tiveram doenças respiratórias decorrentes da prematuridade, como broncodisplasia, entre outros. “A criança recebe uma dose mensalmente. Aqui na nossa região, começa a ser ofertada para as crianças que atendem esses critérios a partir de fevereiro. Em outras regiões, esse período pode ser diferenciado, mas a prioridade é que a aplicação ocorra nos meses de outono, justamente para prevenir os casos mais graves que podem ocorrer no inverno.”, explica Sandra Coenga.
A professora do Idomed Fapan explica, ainda, que o medicamento não serve para todos os casos de bronquiolite. O anticorpo não cura a doença, mas evita que as crianças com maior risco apresentam quadros mais graves.
“A atenção dos pais é fundamental. A bronquiolite começa como se fosse um resfriado comum mas, depois, a criança começa a ter dificuldade respiratória, apresentando tosse e um chiado no peito. Por isso, a recomendação é sempre procurar uma unidade de saúde mais próxima”, orienta a pediatra.
Assessoria/Caminho Político
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