Na gravação, presidente fala sobre supostas fraudes, das quais reconhece não ter provas. Bolsonaro já teve vídeos que espalham mentiras sobre a covid-19 excluídos da plataforma. O YouTube removeu da plataforma um vídeo do presidente Jair Bolsonaro, no qual ele especula sobre supostas fraudes nas eleições de 2018, sem apresentar provas. O presidente já teve vídeos excluídos da rede no ano passado quando divulgou mentiras sobre a covid-19. De acordo com o YouTube, o vídeo de Bolsonaro que foi tirado do ar na quarta-feira (13/04) viola os termos de uso da plataforma. Em março, o YouTube anunciou novas medidas para o combate da divulgação de conteúdos falsos que pudessem mudar o resultado eleitoral. A rede informou na época que removeria conteúdos que promovessem a desinformação sobre as eleições de 2018.
O vídeo de Bolsonaro excluído era de uma participação do presidente num programa da emissora de rádio Jovem Pan de Maringá, que ocorreu em 12 de agosto de 2021. Na entrevista, Bolsonaro faz várias acusações falsas sobre as eleições de 2018 e chega a alegar que um suposto hacker havia desviado votos. Apesar da gravidade das suposições, o presidente reconhece que não tinha provas.
"Não tenho provas, vou deixar bem claro que não tenho provas. Ouvi dizer, há alguns meses ouvi falar que havia se acertado que alguém ia desviar 12 milhões de votos meu", alegou Bolsonaro.
Segundo a atualização dos termos de uso do YouTube, serão tirados do ar vídeos com "informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados". A plataforma adotou já adotou medida semelhante nos Estados Unidos, em 2020, e na Alemanha, em 2021.
"Todos os conteúdos no YouTube precisam seguir nossas Diretrizes de Comunidade. Além de uma combinação de inteligência de máquina e revisores humanos, também contamos com denúncias de usuários para identificar materiais com conteúdo suspeito e manter a comunidade da plataforma segura", afirmou o YouTube ao G1.
Apesar de ter sido removido do YouTube, o vídeo de Bolsonaro continua disponível no Facebook.
CN (ots)cp
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