Barco com milhares de litros de diesel naufraga em Galápagos

Autoridades afirmam que ação rápida dos moradores e de entidades foi fundamental para evitar desastre e que espécies não serão afetadas pelo derramamento de óleo. Graças à ação rápida de moradores e entidades, o derramamento de combustível nas águas das Ilhas Galápagos, causado pelo naufrágio de um barco com milhares de galões de diesel, não representará um impacto significativo no frágil ecossistema do arquipélago equatoriano, indicou neste domingo (24/04) o Parque Nacional de Galápagos (PNG), em comunicado. No entanto, a autoridade ambiental manterá os protocolos e o monitoramento permanente das áreas afetadas, diz o texto.
No sábado, o navio turístico Albatros, que estava sem passageiros e transportava cerca de 2 mil galões de diesel, afundou em Puerto Ayora, capital da ilha de Santa Cruz, deixando uma "mancha superficial de combustível em vários pontos da baía", segundo as autoridades.
"Ações imediatas foram tomadas para reduzir os impactos nos ecossistemas marinho-costeiros", observou o Ministério do Meio Ambiente do Equador.
O PNG informou neste domingo que, de acordo com um relatório apresentado pelo proprietário do navio, a ruptura de um cano seria a possível causa do incidente. "A avaliação submarina realizada pelo operador pressupõe que ainda há combustível no interior [da embarcação]", acrescentou.
As autoridades estimam que havia cerca de 7,5 mil litros de diesel a bordo do navio no momento do acidente. Os quatro tripulantes foram resgatados.
Atividades turísticas suspensas
Devido ao incidente, as atividades turísticas em Puerto Ayora e seus arredores foram suspensas, embora tenham sido retomadas gradualmente neste domingo, informou o Parque Nacional de Galápagos.
Em dezembro de 2019, uma barcaça contendo cerca de 600 galões de diesel afundou na ilha de San Cristóbal, causando um vazamento não quantificado, mas que não afetou nenhuma espécie, segundo o governo.
No entanto, em 2001, o navio de bandeira equatoriana Jéssica naufragou ao largo de Puerto Baquerizo Moreno (capital de San Cristóbal) com uma carga de cerca de 240 mil galões de combustível, gerando um grave problema ambiental que afetou várias ilhas.
O arquipélago de Galápagos, cujo frágil ecossistema faz parte da reserva mundial da biosfera, serviu de laboratório natural para o cientista inglês Charles Darwin, autor da teoria da evolução das espécies.
O local fica a cerca de 1.000 km da costa e tem 198 mil km2 de área marinha protegida, com flora e fauna únicas no mundo, como as tartarugas gigantes que levam seu nome.
Declarada Patrimônio Natural da Humanidade em 1978, é um importante ponto de atração para turistas nacionais e estrangeiros.
le (EFE, dpa, AFP)cp
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