Rede social quer evitar promoção de atos violentos em sua plataforma por parte de apoiadores de Trump que seguem teoria da conspiração de extrema direita. A rede social Twitter anunciou nesta segunda-feira (12/01) o fechamento de mais de 70 mil perfis associados à teoria da conspiração do QAnon, seguida por um grande número de apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Seguidores do QAnon são suspeitos de estarem por trás de atos violentos, como a recente invasão do Capitólio. Segundo o Twitter, as contas, fechadas em caráter permanente, compartilhavam conteúdos perigosos em larga escala, associados à teoria da conspiração.
Uma postagem no blog da rede social afirma que em muitos casos, um indivíduo operava vários perfis diferentes. "Essas contas estavam envolvidas no compartilhamento de conteúdos perigosos associados ao QAnon e se dedicavam prioritariamente à propagação dessa teoria da conspiração em nosso serviço."
O QAnon é um movimento de extrema direita baseado numa teoria da conspiração segundo a qual Trump combate secretamente uma seita mundial composta por pedófilos satanistas, a maioria deles democratas.
Em reação à invasão do Capitólio na última quarta-feira, plataformas de mídia social decidiram agir de modo até então inédito para punir o discurso de ódio.
Os apoiadores de Trump queriam impedir a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, durante uma sessão no Congresso liderada pelo vice-presidente dos EUA, Mike Pence.
Protestos armados antes da posse de Biden
O presidente Trump é acusado de insuflar seus apoiadores a promover uma insurreição, motivo pelo qual se tornou alvo de um segundo processo de impeachment, aberto por congressistas da oposição democrata na Câmara dos Representantes a poucos dias do final de seu mandato.
O Facebook e o Twitter suspenderam recentemente os perfis do presidente. As duas plataformas disseram temer que o presidente motive novos atos de violência antes da posse de Biden, no dia 20 de janeiro.
O Twitter revelou ter interceptado planos para a realização de protestos por indivíduos armados, que se proliferavam dentro e fora da plataforma, incluindo uma proposta de um segundo ataque o Capitólio no dia 17 de janeiro.
A rede social era o meio de comunicação em massa favorito de Trump, que possuía 88 milhões de seguidores até a suspensão de sua conta.
RC/afp/rtr/cp
@CaminhoPolitico
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