Caminhões levam primeiros lotes do imunizante da parceria entre Pfizer e Biontech para centros de distribuição, em preparativos para maior campanha de vacinação na história do país. Os primeiros caminhões de entrega expressa começaram neste domingo (13/12) a deixar a fábrica da Pfizer no estado americano de Michigan, levando para centros de distribuição em todo o país lotes de vacinas contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana com a alemã Biotech.
Logo pela manhã, os caminhões das operadoras de logística Fedex e UPS começaram a sair da fábrica da farmacêutica. Fedex e UPS estão colaborando para facilitar a distribuição dos frascos que devem ser transportados a baixíssimas temperaturas durante todo o trajeto. Para isso, são usadas caixas com gelo seco e sensores GPS para garantir que cada lote permaneça na temperatura ideal.
Grupos de risco são prioritários
De acordo com o chefe da Operação Warp Speed , general do Exército Gus Perna, as primeiras vacinas devem chegar na manhã desta segunda-feira a 145 dos 600 postos de vacinação estabelecidos para cobrir o país.
Os demais pontos devem começar a ter vacinas disponíveis um ou dois dias depois. A meta é que parte dos 50 estados do país tenham acesso à vacina para imunizar populações prioritárias: em um primeiro momento, pessoas que vivem ou que trabalham em lares de idosos e profissionais de saúde.
A princípio, cerca de 3 milhões de doses devem sair de fábricas da Pfizer em Michigan e em Wisconsin, o que não será suficiente para atender às necessidades mais urgentes na maioria dos estados do país.
Porém, o governo espera que a cadeia de produção e distribuição mantenha uma "cadência constante" para poder administrar 40 milhões de doses da vacina até o final do ano, o que serviria para imunizar pelo menos 20 milhões de pessoas com uma vacina que exige de duas doses com três semanas de intervalo.
Maior campanha de vacinação dos EUA
Este é o início da maior campanha de vacinação da história dos Estados Unidos e do mundo – cinco países já estão administrando a vacina da Pfizer – para combater uma pandemia que deixou quase 300 mil mortos nos Estados Unidos e mais de 1,6 milhão no mundo inteiro.
A Food and Drug Administration (FDA), a autoridade sanitária dos Estados Unidos, aprovou nesta sexta-feira o uso emergencial da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela americana Pfizer em parceria com a empresa alemã de biotecnologia Biontech .
A decisão segue a recomendação de um órgão consultivo, que recomendou o inoculante para uso emergencial em maiores de 16 anos.
O anúncio foi feito pela diretora científica da agência, depois de o processo de aprovação ter sido notícia devido às pressões políticas da Casa Branca, que ameaçou demitir o responsável da FDA, caso o organismo não aprovasse a utilização da vacina até ao final de sexta-feira.
Segundo o jornal americano The Washington Post, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, ordenou à FDA que apressasse o processo de aprovação da vacina. Caso contrário, o chefe da FDA, Stephen Hahn, deveria se demitir.
O jornal citava várias fontes associadas ao processo sob a condição de anonimato, precisando que a "ameaça" de Washington fez com que a aprovação fosse apressada.
MD/efe/lusa/ap/cp
@CaminhoPolitico
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