País recebeu 300 mil doses do imunizante russo Sputnik V e ainda negocia fornecimento de vacinas da Pfizer/BioNTech. A Argentina pretende iniciar sua campanha de vacinação contra a covid-19 na próxima terça-feira (29/12) na Argentina, noticiou neste sábado a agência estatal Télam. O coronavírus já causou 42.501 mortes no país e quase 1,6 milhão de casos. A campanha vai usar inicialmente 300.000 doses da vacina russa da Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, que chegaram ao país nesta semana. Essa é uma das duas vacinas aprovadas no país além da elaborada pelo laboratório americano Pfizer e pela empresa alemã BioNTech.
"A ideia é que quando o outono chegar, tenhamos vacinado a maior quantidade das pessoas de risco", disse o presidente Alberto Fernández. A decisão de iniciar a imunização na terça-feira foi acertada durante reunião por videoconferência entre Fernández e governadores das províncias. Os detalhes do plano estratégico de aplicação das vacinas serão informados nas próximas horas.
A Argentina também assinou acordos de fornecimento de vacinas com a farmacêutica AstraZeneca, e com o mecanismo Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto negocia o envio do fármaco produzido pela Pfizer.
Na terça-feira, um voo da Aerolíneas Argentinas partiu para Moscou em busca de 300.000 doses da Sputnik V. O acordo com os russos prevê o fornecimento de 25 milhões de doses.
A vacina da Pfizer-Biontech já recebeu autorização de uso nos Estados Unidos, Canadá, Chile, e da União Europeia, entre outros países. Já a Sputnik V, fora do seu país de origem, só havia sido aprovada em Belarus. Com isso, a Argentina se tornou nesta semana o primeiro país fora do Leste Europeu a aprovar o uso emergencial da vacina russa.
JPS/afp/ots/cp
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