"CORONAVÍRUS: Brasil tem 41,5 mil novos casos e 709 mortes por covid-19"

Menino usando máscara coloca luva de plástico em favela no Rio, auxiliado por um adultoNo dia em que completa três meses sem um ministro da Saúde, país supera 3,3 milhões de infectados pelo novo coronavírus e 107 mil óbitos ligados à doença, segundo dados dos governos federal e estaduais. O Brasil registrou neste sábado (15/08) um total de 41.576 novos casos confirmados de coronavírus e mais 709 mortes em decorrência da doença, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde. O balanço eleva o total de infecções para 3.317.096 e o total de óbitos para 107.232. Ao todo, 2.404.272 pessoas se recuperaram da doença, e 805.592 estão em acompanhamento, segundo o ministério. O Conass não divulga número de recuperados.
Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores no país, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação. As cifras reportadas no fim de semana também costumam ser mais baixas, já que equipes responsáveis pela notificação funcionam em escala reduzida.
São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 697.530 casos e 26.780 mortes. O número de infectados no território paulista supera os registrados em quase todos os países do mundo, exceto Estados Unidos, Índia e Rússia.
A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 214.379, mas fica atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Pará em número de mortos, com 4.338.
O Ceará segue em terceiro em número de infecções, com 197.381, seguido do Rio, que tem 190.614 casos. Com 14.526 óbitos, o Rio é o segundo estado com mais mortos.
Segundo o Conass, a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 51,0 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (12,42) e o Uruguai (1,10), considerados exemplos no combate à pandemia.
Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (70,37) e a Bélgica (86,88), ainda aparecem bem à frente. Esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.
Neste sábado, o Brasil completa três meses sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério.
Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos dispararam no país. Foram mais de 90 mil novos óbitos e mais de 3 milhões de casos registrados desde que a pasta passou a ser gerida por Pazuello e outras dezenas de militares.
Na prática, o ministério, sob os militares, vem referendando sem questionamentos as diretrizes de Bolsonaro, que é contra medidas amplas de isolamento social e que promove a cloroquina como uma "cura" contra a covid-19, mesmo sem embasamento científico.
Sob a intervenção pessoal do presidente e do Exército, a pasta também tentou esconder os números da epidemia no início de junho, mas voltou atrás após ordem do Supremo Tribunal Federal.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que já acumulam mais de 5,3 milhões de casos e mais de 169 mil óbitos.
Ao todo, mais de 21,8 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus em todo o mundo, enquanto mais de 767 mil pessoas morreram em decorrência da doença, segundo a contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.
EK/ots/cp
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