A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha ações de combate ao novo coronavírus discute nesta manhã a cobertura de exames sorológicos por planos de saúde. Em maio, especialistas ouvidos pela comissão foram unânimes em defender a testagem em massa da população como estratégia de combate à pandemia de Covid-19. Eles alertaram, porém, sobre a possibilidade de falso negativo dos chamados testes rápidos. Os testes moleculares (ou RT-PCR), feitos a partir da coleta de mucosa do nariz e da garganta, permitem a detecção do
vírus já nos primeiros dias da doença. Já os testes rápidos (ou sorológicos), feitos a partir da coleta de sangue, detectam anticorpos - ou seja, se a pessoa já teve contato com o vírus -, mas apenas cerca de dez dias após o contato.
No fim do mês passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu, por determinação judicial, o teste sorológico na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. No entanto, a agência recorreu e uma nova sentença suspendeu a obrigatoriedade.
O debate desta terça será realizado por videoconferência, a partir das 10 horas.
Foram convidados para discutir o assunto com os deputados, entre outros:
- o diretor-presidente-substituto da ANS, Rogério Scarabel Barbosa;
- o gerente-geral de Regulação Assistencial da agência, Teófilo José Machado Rodrigues; e
- a diretora-executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Teresa Liporace.
Da Redação/Caminho Político
Foto: Alex Pazuello/Prefeitura de Manaus
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