"Vulcão provoca retirada de milhares nas Filipinas"

Pessoas fotografam coluna de fumaça no horizonteCratera expele coluna de fumaça e cinzas de um quilômetro de altura. Especialistas acreditam que Taal, localizado a 65 quilômetros de Manila, pode entrar em erupção dentro de "dias ou semanas". Milhares de pessoas foram retiradas neste domingo (12/01) de vários locais ao sul de Manila, por risco de uma "erupção iminente" do vulcão Taal, localizado em uma ilha próxima à capital das Filipinas. O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia elevou o alerta do nível 1 para o 4, em uma escala de 5, após a atividade na cratera ter se intensificado ao longo do dia e o vulcão ter expelido uma coluna de fumaça e cinzas de cerca de um quilômetro de altura. Se a atividade vulcânica continuar, é possível que o Taal entre em erupção "dentro de dias ou semanas", de acordo com avaliação de Renato Solidum, chefe do Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas.
As autoridades implementaram a operação de retirada de pessoas dos municípios de San Nicolás, Balete e Talisay, perto do vulcão, localizado a 65 quilômetros ao sul de Manila, segundo informações do porta-voz do Conselho Nacional de Redução de Riscos de Desastres, Mark Timbal.
Conforme dados de 2017, a população desses três municípios estaria entre 6 mil e 10 mil habitantes. Funcionários da Cruz Vermelha das Filipinas se deslocaram para a área para ajudar nos esforços.
O aeroporto internacional Ninoy Aquino, de Manila, localizado ao sul da capital, anunciou às 18h27 (horário local) a suspensão de todos os seus voos, tanto de chegada quanto de partida, devido à atividade do vulcão.
As cinzas ejetadas pela erupção atingiram todos os bairros de Manila, a mais de 60 quilômetros do vulcão.
O Departamento de Saúde alertou que a exposição a cinzas pode causar problemas de saúde, por isso recomenda que os habitantes das áreas afetadas evitem ficar ao ar livre ou, caso necessário, usem máscaras e óculos ao saírem de casa.
Milhares de turistas visitam o Taal todos os anos, e alguns fazem excursões à sua cratera, parcialmente inundada e onde é comum ver pequenos traços de fumaça.
O vulcão, que matou 1.300 pessoas em 1911 e 200 em 1965, faz parte de uma cadeia vulcânica que se estende pela região oeste da ilha de Luzon.
MD/efe/afp/cp

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