Os impactos da osteoporose para a população, principalmente idosa, e os gargalos de acesso ao diagnóstico e tratamento foram debatidos em audiência pública na Câmara.A maioria dos pacientes com fraturas no Brasil não é avaliada nem tratada para osteoporose ou para a prevenção de quedas subsequentes, advertiu o vice-presidente da comissão de osteoporose da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Ben Hur Albergaria. Ele participou de audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (24) sobre o cenário da osteoporose no País. Para Albergaria, é preciso investir na proatividade e na identificação dos fatores de risco, principalmente entre a população acima dos 50 anos. "A partir dessa faixa etária, o paciente deve ser inquirido sobre coisas básicas, como fratura prévia; tabagismo; se consome álcool em excesso; ou seja, esses e outros fatores de risco que nos permitem indentificar, mesmo que o paciente não saiba, que ele pode estar em risco de ter osteoporose", explicou.
O deputado Denis Bezerra (PSB-CE) lembra que em 2050, 1/4 da população brasileira será de idosos. "É uma doença silenciosa, você muitas vezes só tem o diagnóstico dela a partir da primeira fratura e as fraturas mais comuns nas pessoas idosas são fraturas que podem levar ao óbito ou à incapacidade funcional dentro de um curto período", afirmou.
Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose, a doença atinge cerca de dez milhões de brasileiros acima de 50 anos.
Reportagem - Claudio Lessa
Edição - Geórgia Moraes
Caminho Político
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