
A menção a Roraima se refere ao estado ter experimentado um fluxo constante de venezuelanos que fogem da miséria econômica e instabilidade política que atinge o país governado pelo regime chavista de Nicolás Maduro.
Segundo Bolsonaro, a ex-chefe de Estado argentina faria parte "da turma" de Maduro e outros líderes de esquerda: "A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma da Dilma Rousseff, que é a mesma de Maduro e [Hugo] Chávez, e Fidel Castro, deram sinal de vida aqui."
Os refugiados estariam fugindo, "dado o socialismo que deu certo com Chávez e com Maduro". "Com a volta da Cristina Kirchner ali, no meu entendimento, é que estará a Argentina no caminho da Venezuela. E nós não queremos nossos irmãos argentinos fugindo pra cá", finalizou Bolsonaro, segundo o site G1.
O resultado na Argentina marcou uma derrota indireta para Bolsonaro, que há meses vem fazendo declarações a favor de Macri e contra o kirchnerismo, envolvendo-se ativamente nas eleições no país vizinho.
Esta não foi a primeira vez que Bolsonaro ligou Kirchner ao chavismo. Em junho, em sua primeira visita oficial à Argentina, o presidente brasileiro já havia pedido que os argentinos votassem "com responsabilidade" para evitar a criação de "novas Venezuelas na região". Em julho, ele também criticou uma visita do oposicionista Fernández ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Em junho, o jornal O Globo revelou que no mês anterior um membro do governo Macri havia pedido para que Bolsonaro e integrantes da sua administração "relacionem, sempre que possível, a ex-presidente Cristina Kirchner com a Venezuela", para ajudar a fortalecer a candidatura do presidente argentino à reeleição.
JPS/ots/cp
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