"O que o presidente Trump fez é pôr claramente os fatos sobre a mesa. A paz se baseia na realidade, em reconhecer a realidade. E acho que o fato de que Jerusalém é a capital de Israel é claramente evidente para todos os que visitam Israel", considerou.
A questão de Jerusalém
A decisão unilateral de Trump desencadeou uma onda de críticas na comunidade internacional por minar o processo de paz, que visa fornecer uma solução pacífica para o conflito entre israelenses e palestinos. O status de Jerusalém tem sido um obstáculo fundamental durante as negociações de paz anteriores entre ambas as partes, em particular sobre a questão de como dividir a soberania e supervisionar os locais sagrados. Enquanto Israel considera Jerusalém sua capital, a maior parte da comunidade internacional rejeita e alega que o status da cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos deve ser resolvido em conversações de paz com os palestinos.
"Deem uma chance à paz"
No domingo, Netanyahu teve um encontro em Paris com o presidente da França, Emmanuel Macron, para discutir futuros passos no processo de paz. A capital francesa foi o destino de sua primeira viagem oficial depois que os EUA declararam Jerusalém como capital de Israel. Macron afirmou que, embora desaprove a decisão de Trump com base no fato de simplesmente ser contrário ao direito internacional, incentiva Netanyahua executar medidas de fortalecimento de confiança como interromper a construção de assentamentos na Cisjordânia. "O congelamento da construção de assentamentos e medidas de confiança em relação à Autoridade Palestina são atos importantes para começar", disse Macron.
Ao lado do presidente francês, Netanyahu afirmou que a decisão de Trump mostrou que é hora de "dar uma chance à paz" – o premiê israelense parafraseou uma linha da música "Give Peace a Chance", do ex-líder dos Beatles John Lennon. Durante a conferência de imprensa, a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, condenou a violência contra judeus e israelenses e ações de protesto testemunhadas na Europa, após a decisão unilateral de Trump. "Condeno da maneira mais forte possível todos os ataques contra judeus em todo o mundo, inclusive na Europa e em Israel, e contra cidadãos israelenses", disse Mogherini. Outras autoridades europeias também se manifestaram contra o antissemitismo visto em protestos durante o fim de semana, incluindo o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière. "Nós não aceitamos quando judeus ou o Estado de Israel são desonrados dessa maneira", disse De Maizière, nesta segunda-feira, ao tabloide alemão Bild. A Alemanha está "ligada de maneira especial ao Estado de Israel e às pessoas de crença judaica".
PV/efe/rtr/afp/cp
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