Um pente-fino feito pelo governo federal demonstrou mais uma vez a irresponsabilidade da gestão de Dilma Rousseff com o dinheiro público. Após analisar os 87.517 benefícios de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez concedidos há mais de dois anos por ordem judicial, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) cancelou 73.352 auxílios, ou 84% dos casos, após descobrir, por meio de perícia, que essas pessoas eram saudáveis e não necessitavam do benefício.
O governo ainda cassou os pagamentos a outras 11.502 pessoas que não compareceram à reavaliação. As informações são de matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (13).
À reportagem da Folha, o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, lamentou a negligência do governo Dilma com os recursos públicos. “Isso caracteriza um descontrole importante com o dinheiro público. Não havia regra nenhuma, ficou tudo solto. O governo anterior tratou isso como uma coisa natural. Não entendemos que isso seja uma coisa natural. Isso é dinheiro público. É injusto uma pessoa sadia estar ganhando auxílio-doença enquanto a outra está precisando se matar trabalhando para ganhar muito menos”, criticou o ministro.
O Ministério do Desenvolvimento Social prevê que a medida trará uma economia anual de R$ 1,6 bilhão. Ao fim do pente-fino, o governo acredita que poderá poupar R$ 8 milhões por ano. Segundo a reportagem, 31% do 1,7 milhão de auxílios-doença e 34% das 3,4 milhões de aposentadorias por invalidez pagos pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) são concedidos por meio de determinação judicial.
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