O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a se reunir nesta terça-feira (21) com bancadas de partidos para tratar da reforma da Previdência. Desta vez, as reuniões foram com o PSDB e com o DEM (reunião nesta tarde).
O ministro disse que, se os deputados quiserem "suavizar" a reforma, será melhor apresentar outros pontos que compensem os gastos. Caso contrário, segundo ele, será necessário fazer outra reforma daqui a dois ou três anos.
"Se tirar algo, vai ter que botar algo equivalente de outro lugar. A questão é, de novo: quem paga? O que não é possível é nós fazermos de conta que ninguém está pagando. O efeito disso é dramático. Vemos isso em alguns estados brasileiros e já vimos isso no passado no Brasil", disse Meirelles.
Negociação
O líder do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (SP), acredita que já é importante o fato de o ministro ter aberto a porta para negociar com os deputados.
"Ele mesmo demonstrou interesse. Ele fez várias anotações durante a sua fala e demonstrou um grande interesse em avaliar alguns destes dados. Quem sabe, numa próxima reunião, a gente tenha avanços em alguns dos pontos", observou.
Pontos divergentes
Durante a reunião, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que é da comissão especial da reforma da Previdência, listou alguns pontos nos quais existem divergências levantadas por deputados da bancada. Eles seriam: regras de transição; pensão por morte; benefícios assistenciais; aposentadorias especiais; e cálculo do valor dos benefícios.
Ricardo Tripoli afirmou que há consenso sobre a necessidade de idade mínima, mas ainda há discussão sobre se ela deve ser de 65 anos ou um pouco menor. E explicou que uma grande maioria apoia a igualdade entre homens e mulheres.
Corte no Orçamento
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não confirmou informações de que haverá um corte de mais de R$ 60 bilhões no Orçamento deste ano, mas afirmou que este corte será anunciado nesta quarta-feira (22).
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Newton Araújo
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