Numa entrevista à emissora Fox News, o entrevistador fez ao presidente uma série de perguntas rápidas sobre o seu período na Casa Branca, que terminará em janeiro de 2017. À pergunta "Qual foi o seu pior erro?", Obama respondeu: "Provavelmente não planejar o day after [dia seguinte] do que, penso, foi a decisão correta de intervir na Líbia".
Esta não é a primeira vez, nas últimas semanas, que Obama fala da Líbia, um Estado quebrado, vítima do caos e da guerra civil desde que, em 2011, a comunidade internacional contribuiu militarmente para a vitória dos rebeldes sobre a ditadura de Kadafi com ataques aéreos destinados a proteger civis.
Numa longa entrevista publicada em março na revista The Atlantic, Obama reconheceu que foi um erro intervir militarmente na Líbia ao abrigo da Otan. "Quando olho para trás e me pergunto o que é que ocorreu mal, há margem para críticas, porque tinha mais fé de que os europeus, dada a proximidade com a Líbia, iriam se envolver mais" na estabilização do país depois da operação militar, afirmou na época, referindo-se em particular à França e ao Reino Unido.
Nos últimos meses, os EUA bombardearam duas vezes o grupo extremista "Estado Islâmico" na Líbia, onde os jihadistas têm explorado o caos em que se transformou o país após a queda de Kadafi, com o objetivo de criar um novo bastião na costa do Mar Mediterrâneo.
PV/lusa/efe
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